segunda-feira, 2 de maio de 2011

A Nova Biblioteca

Mudança, essa é a palavra em voga nas bibliotecas. Como se adaptar aos novos tempos? Às novas tecnologias? Não penso em dar respostas, mas semear a discussão... O que fazer?



Tem gente que pensa, ainda, que a biblioteca é um depósito de livros, onde o silêncio deve imperar e a bruxa que cuida dos livros, vulgo bibliotecária, estará sempre com sua cara emburrada e chamando a atenção até do vento por fazer barulho...

Mas a biblioteca, recentemente, tem passado por inúmeras transformações. Com o advento tecnológico, a biblioteca passa a ter novos dilemas, além de ter o livro acessível ao público, até porque, hoje, uma biblioteca não se restringe a uma coleções de livros, ela teve o seu acervo transformado, e além dos tradicionais periódicos e mapas, juntaram-se meios audiovisuais (CD's, DVD's, Pen Drive etc), e os novos suportes, agora digitais. E não somente ele, agora até mesmo bibliotecas, só existem no mundo virtual.


Em meio a tantas transformações, tantos suportes e revoluções tecnológicas, urge acabar com o estigma de antiquada e ultrapassada que rotula as bibliotecas, ao menos no Brasil. Tem gente que não concorda comigo, mas as regras de uma biblioteca servem muito mais para afugentar usuários do que atraí-los, primeiro porque sempre é proibido, expressão muito forte ao meu ver, talvez o não permitido seja mais ameno e menos ditatorial...

Afinal... É PROIBIDO comer; É PROIBIDO falar alto; É PROIBIDO o uso de telefone celular; É PROIBIDO...

E porque não uma lista de é permitido??? É permitido se acomodar da forma que se sentir mais a vontade; É permitido discutir os assuntos; É permitido fazer trabalhos em grupo, e por aí... Permitir, é melhor do que  proibir!

Acho que antes de mais nada, temos que entender a Biblioteca como um local de desenvolvimento das ciências e tecnologias!

Indiana Jones, interpretado por Harisson Ford, em seu primeiro filme fala:

"70% da arqueologia é realizada dentro de uma biblioteca!" (ou algo semelhante...)

O que isso quer dizer? Na minha visão, ele quer dizer que o conhecimento está dentro das bibliotecas e quem pretende desenvolver, estudar ou simplesmente entender uma sociedade deve ter acesso a uma Biblioteca. Afinal, é lá que está armazenado o conhecimento humano!

Dito isso, creio que impor regras etc, nada mais faz do que afastar as pessoas do conhecimento. Outro agravante, é se antes só existia a biblioteca, hoje o Google faz o papel de aproximar as pessoas do que desejam... Logo, quem busca a biblioteca é porque enxerga nela algo mais, seja o silêncio de uma sala reservada, seja o acesso a obras já esgotadas!

Logo não podemos nos esquecer, não se faz ciência com proibições e sim oferecendo condições para que todos possamos estudar, ler, pesquisar...

Outra alternativa, é não fugir das redes sociais, pois se a biblioteca faz parte da rede de construção das ciências, por que não colocá-la no mapa das redes sociais? Sabemos que ferramentas existem, a Disseminação Seletiva da Informação, via alertas, e-mail, informativos, facilitam o trabalho do bibliotecário e divulga a biblioteca. Saber existe é o primeiro passo para que os usuários busquem consultar o acervo da biblioteca.


Mudar e transformar a biblioteca, integrando-a ao novo mundo é o desafio da Biblioteconomia no século XXI. Quem sabe, não é a chance de reinventar essa instituição milenar?

2 comentários:

  1. É! Essa nova biblioteca, a qual você cita, muito me interessa, como a High-Tech de Manguinhos, parece que na Colômbia já é super usada, é aguardar para o surgimento de outras novas aqui no Brasil!

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  2. Apoiado! As bibliotecas públicas no Brasil não evoluíram e não estão conseguindo se adaptar aos dias atuais. O maior exemplo disso é a própria Biblioteca Nacional que, agora, dá alguns sinais (sutis) de inserção nessa nova realidade. @sylviafranca

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