O que é ciência?
Que coisa é essa?
O dicionário,
onde está? No Google?
Mas são tantas
definições e conceitos!
Qual será o
certo? Existe um?
Será que Freud
explica? Ou quem sabe Tomanik?
Vamos tentar?
Então vamos lá!
“A ciência não é uma ilusão, mas seria
uma ilusão acreditar que poderemos encontrar noutro lugar o que ela não nos
pode dar.” (Sigmund Freud)
Acho
que Freud não explica!
Estou
curiosa, então acredito que a curiosidade seja a essência para que o homem
explore o mundo ao seu redor. É essa
curiosidade de conhecer, olhar algo até então “desconhecido” que proporciona ao
homem visualizar novos horizontes e entender fenômenos.
O
conhecimento começa pela curiosidade, pela inquietação, pela pergunta, pela
pesquisa. A pesquisa possibilita conhecer a novidade e contribui para que a
curiosidade saia da ingenuidade e se transforme em conhecimento e a ciência é a
principal fonte de validação do conhecimento sobre o mundo objetivo e é um dos
principais fatores de desenvolvimento social, econômico e cultural das
sociedades contemporâneas.
Tomanik (2004 p.17) expõe que o objeto de uma
ciência é aquilo que ela propõe a conhecer, é a parte da realidade sobre o qual
ela pretende realizar seus estudos. Então para conhecer é preciso procurar,
encontrar “soluções” para os problemas, investigar, que é, sobretudo, uma
vontade de perceber, interrogar, para ver as coisas de outro modo ou para
questionar aquilo que “parece” certo.
Então o objetivo da ciência é compreender o fenômeno
que ela se propôs a conhecer!
“Esta é a essência da ciência: faça uma
pergunta impertinente e cairá no caminho da resposta pertinente.” (Bronowski,
J.)
Mas
como perguntar? Como investigar? Como esclarecer as dúvidas?
O
método é um instrumento básico para ordenar o pensamento na busca de um
objetivo e para a construção do conhecimento. Ele é quem disciplina a
investigação, por meio de processos mais adequados, e afasta distorções,
casualidades e achismos. O método caracteriza o percurso feito pelo homem no
processo de compreender e entender o objeto de investigação. Afinal, quem
investiga está procurando discutir para conhecer e quem conhece se interessa em
investigar.
Tomanik
(2004 p. 55) afirma que ciência é discussão e que se a ciência pretende ser um
conhecimento válido sobre a realidade, e se esta realidade está em contínuo
processo de transformação, não há nenhum sentido em que se pretenda ter um
corpo de conhecimentos estático e definitivo. Por esta razão, uma das funções
dos cientistas é a de discutir os critérios que permitem estabelecer os limites
e alcances da ciência, uma vez que estes itens podem sofrer (e sofrem)
alterações no decorrer da história.
“A ciência precisa ter uma função social. Ela
é a única saída para o subdesenvolvimento e precisa estar junto da sociedade.
Não pode ter um caráter consumista, de exclusão.” (Sérgio Mascarenhas Oliveira)
Sua
função seria o bem estar do homem e da sociedade?
Abastecer
o homem com informações representativas do mundo, das coisas, dos seres,
favorecendo sua independência, sua liberdade para compreender as melhores
alternativas que o leve as melhores escolhas seria uma de suas funções.
“A liberdade é para a ciência o que o ar
é para o animal.” (Poincaré , Jules)
E se informação é um grande objeto transformador,
como reuni-la de forma que se torne combustível para a liberdade?
Que tal buscarmos respostas na Ciência da
Informação?
Shera e Clevaland definem o conceito de Ciência da
Informação como:
Ciência que investiga as propriedades e
o comportamento que governam o fluxo de informação e os meios de processar as
informações para ótima acessibilidade e uso. O processo inclui a origem, a
disseminação, a coleta, a organização, o armazenamento, a recuperação, a
interpretação e o uso da informação. (SHERA; CLEVALAND apud FONSECA, 2005,
p.19)
Assim,
essa ciência tem um campo a explorar que é a informação, ou seja, o objeto da
ciência da informação é a informação.
E
agora, mais uma definição a explorar?
De
acordo com o Google são várias as definições,
mas existem várias respostas possíveis, dependendo de quem responde. Para
Capurro e Hjørland (2003) quase toda disciplina científica usa o conceito de
informação dentro de um contexto específico e com relação a fenômenos
específicos.
Informação é qualquer coisa que é de
importância na resposta a uma questão. Qualquer coisa pode ser informação. Na
prática, contudo, informação deve ser definida em relação às necessidades dos
grupos-alvo servidos pelos especialistas em informação, não de modo universal
ou individualista, mas, em vez disso, de modo coletivo ou particular.
Informação é o que pode responder questões importantes relacionadas às
atividades do grupo-alvo. A geração, coleta, organização, interpretação,
armazenamento, recuperação, disseminação e transformação da informação devem,
portanto, ser baseada em visões/teorias sobre os problemas, questões e
objetivos que a informação deverá satisfazer. (CAPURRO; HJØRLAND, 2007,
p.187-188)
Mas
produzir conhecimento implica somente na descoberta?
A
informação é algo transformador e que circula no universo científico e que precisa
ser utilizada para dinamizar as discussões e a geração de novos conhecimentos
por meio de redes corporativas, compartilhadas. Produção de conhecimento não
implica somente na descoberta, significa trabalhar em rede de conhecimento.
A
participação em redes, às parcerias e a cooperação possibilitam a interação. A
interação leva ao compartilhamento, impulsiona os fluxos de informação e de
conhecimento que são decorrentes do movimento de uma rede e determinante para
um direcionamento e evolução.
Faz-se ciência discutindo e compartilhando
informações e a rede é um meio de adquirir e disseminar conhecimento!
Então
essa coisa chamada ciência é um processo dinâmico e que pode ser iniciada por
qualquer pessoa que se interesse em deixar sua contribuição ao conhecimento
humano que proporcionará novos interesses, novas curiosidades.
“A ciência será sempre uma busca e
jamais uma descoberta. É uma viagem, nunca uma chegada.” (Karl Popper)
REFERÊNCIAS
CAPURRO,
Rafael; HJØRLAND, Birger. O conceito de informação. Perspectivas em Ciência da
Informação, Belo Horizonte, v. 12, n. 1, p.148-207, jan./abr. 2007.
CITADOR.
Disponível em: <http://www.citador.pt/frases/citacoes/t/ciencia>. Acesso
em: 20 jun. 2012.
FONSECA,
Maria Odila Kahl. A Arquivologia e Ciência da Informação. Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2005. 124 p.
INSTITUTO
BRASIL VERDADE. Guarujá, SP, [2012]. Disponível em : <http://www.institutobrasilverdade.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=3783&Itemid=0>. Acesso em: 20 jun. 2012.
O
MUNDO DA CIÊNCIA. Disponível em: <http://omundodaciencia.blogs.sapo.pt/>. Acesso em: 20 jun. 2012.
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* Mais uma contribuição da nossa companheira de orientação no mestrado Cristiane Basques.
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